A KTM mostrou excelente ritmo desde o primeiro dia na Austrália, com os pilotos da equipa oficial e da GasGas a conseguirem ocupar posições cimeiras na tabela de tempos desde cedo. Hoje, na parte da manhã, Brad Binder conseguiu mesmo qualificar em 2º, numa qualificação dominada por Jorge Martin.
Já na corrida, Binder acabaria por terminar na 4ª posição, depois de uma enorme luta nas voltas finais. Em declarações após a corrida, o piloto sul-africano afirmou estar algo desapontado por ter a sensação de que poderia ter feito um pouco mais:
– Hoje correu tudo muito bem até três voltas do final. Eu acho que tive uma excelente qualificação, a melhor que tive no MotoGP, por isso estava feliz por estar na linha da frente. Muito fixe não ter ninguém à tua frente, não consegues isso muitas vezes. Isso foi fantástico. Quanto à corrida eu senti-me bem, eu estava mesmo a tentar guardar o pneu o mais possível. Quando eu percebi que o Di Giannantonio me podia passar, comecei a defender em demasia, principalmente no último setor, por isso quando o comecei a seguir e percebi o quão rápido podia ser sem colocar muito mais esforço no pneu, dei novamente um passo. Consegui ver o Jorge (Martin) a voltar até nós, por isso estava um pouco entusiasmado e focado nisso, não estava necessariamente a pensar que tinha 4 pilotos atrás de mim. Depois quando o Zarco me passou, levantei um pouco a moto e foi o suficiente para eles me passarem e depois não consegui recompor-me para passar alguém até ao final. Por isso foi um pouco complicado no final, mas 4º é 4º, são bons pontos e um bom final, mas tenho pena pela minha equipa porque podíamos ter feitio um pouco mais hoje.
Brad Binder referiu ainda que ficou surpreendido com o ritmo de Jorge Martin com o pneu macio, mostrando-se agradado com a evolução da sua KTM e a proximidade com as Ducati:
– Assim que nos colocámos na grelha eu vi a linha branca no pneu (do Martin) e percebi que ele tinha escolhido o macio, por isso sabia que ia ser quase impossível acompanhá-lo no início. Tinha de deixá-lo ir. Ele manteve um ritmo insano até provavelmente faltarem 10 voltas. Foi a primeira vez que vi que estava a estabilizar. Ele fez um excelente trabalho ao manter o pneu macio por uma duração tão longa, porque eu acho que nós íamos perder muito mais cedo. Hoje adorei correr, especialmente em boas condições como hoje. Vamos ver amanhã. (…) Eu acho que não estamos muito longe, estamos muito perto. Para mim, claramente no fim eles tinham mais aderência do que nós (pilotos Ducati), mesmo que tenha notado isso no meu pneu o tempo todo, eles tinham ali algo extra. De qualquer forma acho que era expectável porque somos sempre um pouco mais agressivos com os pneus do que alguns dos nossos adversários, por isso, no geral acho que foi um dia positivo. No ano passado não restava nada do pneu e hoje cheguei ao final mais competitivo.