Em modo «GP da Índia» Joan Mir não escondeu alguma tristeza por não contar com a moto testada em Misano já nesta ronda do MotoGP em Dankaur, e aproveitou a oportunidade para mandar um recado à Honda: a moto testada, ainda que seja uma ligeira melhoria em relação à atual, não é a moto que deseja ter, uma vez que está ainda longe da concorrência em termos de performance.
Já na Índia juntamente com a equipa, o piloto recordou os testes em Misano logo após a última corrida: ‘A primeiro moto, o protótipo que testámos no teste em Misano era um pouco melhor do que o que tínhamos. É verdade que não é onde queremos estar, o motor era ainda o mesmo mas é um primeiro passo na direção certa mas precisamos de muito mais’.
Se estaria disposto para utilizar a moto testada já este ano, o espanhol referiu: ‘Sim, mas não aqui. Não a recebemos aqui, honestamente estava à espera disso mas não a temos por isso iremos fazer o fim de semana como os anteriores: iremos ter problemas e é isso’.
E justificou depois como esta acabou por lhe transmitir melhores sensações: ‘A verdade é que no teste estava um pouco mais otimista porque podia pilotar de uma forma mais confortável, e quando estás mais confortável sobretudo com um pneu usado és capaz de ver uma diferença e o meu ritmo melhorou. É verdade que os testes na segunda feira são sempre difíceis de compreender porque às vezes «escondes» problemas, a aderência é fantástica, todas as motos curvam bem, mas à parte disso, conseguimos ver algumas melhorias, algum potencial na moto. É uma pena que não a tenhamos aqui mas espero tê-la no Japão, e espero que a possamos ter para perceber se estamos na direção certa, já que isso seria muito benéfico para a Honda’.
Lamentou ainda a ausência desta versão esta ronda, algo que havia pedido à Honda, mas que não foi possível cumprir: ‘É uma pena não o ter aqui, mas espero tê-lo no Japão para poder andar mais. Se a direção for correta, será muito útil para a Honda. Disseram que tiveram problemas com o transporte para o Japão, porque queriam enviá-lo para o Japão e depois para cá’.
Mir viu neste protótipo alguns avanços: ‘O chassis era diferente, a posição do piloto era diferente… Eu diria que, devido à minha altura, podia estar um pouco mais confortável. Isto é sempre um grande passo em frente, porque a mota e o chassis funcionam da mesma forma. Mas se estivermos confortáveis na moto, viramos mais, temos uma aderência mais natural, porque estamos nessa posição no selim. Por isso, acho que isto é positivo para mim. Mas não vale a pena falar sobre isso aqui, porque não o temos’.
E concluiu, com um «recado» para a fabricante japonesa:
– Embora seja um passo em frente, não é a moto que quero para o próximo ano. Esperamos uma melhoria do ponto de vista do motor para o teste de Valência. O pacote melhorou e, com o novo motor, vamos ver como funciona e como reage. Falaremos sobre isso mais tarde. Espero que sim, mas de momento não tenho quaisquer esperanças, estou apenas a tentar gerir o que temos. Tenho de fazer um bom trabalho, dar um bom feedback e, quando tiver um bom pacote, estaremos onde queremos estar.