O ex-piloto de MotoGP, Jorge Lorenzo, concedeu recentemente uma entrevista à La Gazzetta dello Sport, onde abordou vários temas quentes no mundo do MotoGP, incluindo a decisão de Marc Márquez e a renhida corrida pelo campeonato desta temporada.

A começar, Lorenzo falou sobre o erro de Jorge Martín no último Grande Prémio da Indonésia, atribuindo-o a excesso de confiança. “O erro foi resultado de demasiada confiança. É uma lição valiosa para ele”, comentou. “Ele tinha a vitória na mão; não acredito que Bagnaia o pudesse ter superado. Bagnaia é mais calmo nos momentos cruciais e é excelente a gerir situações.”

Atualmente, Jorge Martín está a 18 pontos de Pecco Bagnaia, que lidera o campeonato desde a corrida na Indonésia. “Bagnaia está sob uma pressão imensa. Martín continuará forte; está em grande forma e melhorou significativamente o seu estilo de condução. No último domingo, Bagnaia ganhou, mas foi Martín quem perdeu. Essa corrida era dele para ganhar. Não se pode dar a um piloto como o Pecco uma oportunidade assim. Com uma diferença de 18 pontos agora, a bola está novamente do seu lado. Não serei hipócrita; como espanhol, adoraria que Jorge Martín ganhasse em Phillid Island. Somos amigos; ele já veio a minha casa e tentei dar-lhe conselhos no passado. O meu coração está com Martín”, expressou Lorenzo.

Dado o recente desempenho de Martín nos Grandes Prémios, não é surpresa que ele esteja rapidamente a aproximar-se do italiano, tentando arrebatar-lhe a liderança. Martín, piloto da Prima Pramac Racing, acredita ser o mais rápido na grelha e usará essa crença para desafiar Pecco.

Refletindo sobre o seu tempo com a Ducati, Lorenzo admitiu que não foi a melhor fase. “Se tivesse corrido com uma Desmosedici em 2017, talvez ainda estivesse a correr”, refletiu, indicando que a versão atual da moto é muito superior à que tinha.

Lorenzo também partilhou a sua opinião sobre a mudança de Marc Márquez para a temporada de 2024. “Era bastante evidente para mim. Ele sempre pareceu incerto nas suas declarações. Tomou uma decisão baseada na sua felicidade e no desejo de se sentir competitivo novamente. Mesmo sendo Marc Márquez, no desporto, o que fizeste na última temporada conta. Ele sacrificou dinheiro, a equipa e a sua lealdade à Honda. Mas, do ponto de vista desportivo, é uma boa escolha. Ele será muito mais forte com a Ducati. Se começar a ganhar, Dall’Igna pode ponderar vestir-lhe de vermelho”, revelou Lorenzo.

Por fim, Lorenzo não se coibiu ao falar sobre a Yamaha e a situação de Fabio Quartararo. “Ele será um dos grandes talentos sem uma moto vencedora em 2024”, afirmou.

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O regresso triunfante de Francesco Bagnaia ao topo do mundo do MotoGP após o GP da Indonésia foi recebido com reações mistas, especialmente do pentacampeão mundial Jorge Lorenzo. Bagnaia, que teve um sábado difícil, terminando em oitavo na Sprint Race e perdendo a Q2 nas qualificações da manhã, conseguiu dar a volta à situação em 24 horas. A sua vitória no domingo foi acentuada pela inesperada queda de Jorge Martin, numa altura em que liderava com algum conforto.

Bagnaia, depois de cruzar a linha de chegada, fez um gesto claro e inequívoco de celebração, que repetiu ao subir ao degrau mais alto do pódio. Após a corrida, disse: ‘As pessoas falam demasiado; por vezes, é melhor esperar pelos resultados para o fazer’, com esta a ser uma mensagem direcionada aos seus críticos, enfatizando a sua resiliência e capacidade de recuperação.

No entanto, Jorge Lorenzo, que veste a pele de comentador pela DAZN, não gostou das celebrações exuberantes de Bagnaia: ‘Esses gestos não são bons. Não irrites a besta, ainda não acabou. Mantém o teu inimigo calmo, não o enfureças’. Lorenzo acredita que, embora Bagnaia possa ter ganho a corrida, foi mais uma derrota de Martin. Na sua opinião, Martín poderia facilmente ter assegurado uma dupla vitória no fim de semana se tivesse sido mais cauteloso.

Lorenzo analisou ainda a queda de Martín de seguida: ‘Ele estava demasiado confiante. Não precisava de forçar tanto. Devia ter abrandado um pouco e depois forçar se estivesse a ser apanhado, mas não devia ter exagerado’. Lorenzo expressou o seu desapontamento, especialmente porque o deslize pode ter potencialmente fortes implicações para Martín na luta pelo campeonato.

O mundo do MotoGP não é alheio a rivalidades intensas e celebrações apaixonadas. A vitória de Bagnaia e as reações que se seguiram só aumentam o drama e a emoção do campeonato, preparando o terreno para mais corridas emocionantes.

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Marc Márquez irá representar a Gresini Racing na próxima temporada do Mundial de MotoGP, e assim poderá pilotar uma Ducati. Jorge Lorenzo acredita que o seu antigo colega irá voltar a dar nas vistas em 2024.

O antigo piloto afirmou à DAZN que a situação atual do #93 era insustentável: ‘Ele não aguentava mais um ano assim, estava tão queimado, entre aspas, com a situação, com ter de arriscar sempre a cada fim de semana, essas quedas, essa má sensação, que preferiu sair da Honda. Teria sido bonito terminar pelo menos esse contrato com uma fábrica que sempre o apoiou, mas não podia ser’.

Sobre 2024, Lorenzo considera que Márquez será o melhor piloto na melhor moto: ‘Veremos um campeonato muito divertido no próximo ano, com um super piloto, que para mim continua a ser o melhor, com a melhor moto’.

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Cuidado com Marc Márquez. Na opinião de Jorge Lorenzo, ele que venceu três mundiais de MotoGP, o compatriota é o principal candidato a vencer o título em 2024, altura em que tudo indica deverá correr com as cores da Gresini Racing.

‘Não descarto a possibilidade de Marc conseguir vencer o Mundial de MotoGP. Isto, claro, se a Ducati lhe der uma moto que seja competitiva, como as que têm Bagnaia e Bastianini. Não coloco de parte essa hipótese porque vimos do que Álex Márquez foi capaz de fazer, ele que é um excelente piloto, um campeão do mundo em Moto3 e Moto2. Talvez ele não tenha a agressividade, nem o talento natural do irmão’, começou por dizer o espanho, que pilotou com Marc em 2019 com a Honda, em declarações à DAZN, antes de acrescentar:

– Marc consegue correr uma décimas e segundas mais depressa do que o irmão dele Álex. E creio que isso será visível quando ambos estiverem na Ducati.

Após 11 anos na Honda, a expetativa é saber como vai ser a adaptacação de Márquez a uma nova realidade.

‘Veremos se vai conseguir adaptar-se depressa ou se vai custar-lhe um pouco mais. Mas se adaptar-se rápido e tiver uma moto semelhante à de [Enea] Bastianini e de [Pecco] Bagnaia, não descartaria a possibilidade que ele vença o mundial nesta primeira temporada. No passado, já vimos casos semelhantes. Na minha opinião, Marc continua a ser o melhor, quer em termos físicos, quer em termos mentais. Não o retiro da luta pelo título’, atirou Jorge Lorenzo.

2023 está ao rubro e a época que vem parece que não ficará atrás…

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Brad Binder fez história esta sexta-feira em Motegi, obtendo uma nova recorde ao traçado que acolhe o GP do Japão de MotoGP.

Oito anos depois, a anterior marca, estabelecida por Jorge Lorenzo, foi finalmente destronada. Para tal, o piloto da Red Bull KTM rodou em 1m43,784s.

Até ao fim, não só Binder, como também Francesco Bagnaia (Ducati) e Aleix Espargaró (Aprilia) melhoraram ainda mais os respetivos tempos, sendo os três mais rápidos do que a anterior volta recorde de Motegi. A atual é de 1m43,489s, por Binder.

Eis o momento em que Binder superou o recorde de Lorenzo.

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Conversas, rumores, anda tudo à volta do mesmo… mas a verdade sobre a questão mais colocada no paddock de MotoGP ninguém sabe, exceto talvez o próprio Marc Márquez e mais alguns: para onde vai Marc Márquez correr em 2024? De acordo com Jorge Lorenzo, a decisão pode já ter sido tomada, mas a bomba ainda não foi oficializada: o piloto vai assinar com a Gresini.

Lorenzo, que atualmente trabalha como comentador na DAZN, disse acreditar que o acordo entre Márquez e a Gresini está fechado: ‘Acho que o acordo está fechado. Acho que Marc não se importa muito com o dinheiro. Ele só se preocupa em ser competitivo novamente em 2024 e depois estar completamente aberto para escolher entre muitas opções competitivas para 2025’.

Se o acordo for oficializado em breve, pode significar o reencontro entre Marc Márquez e Álex Márquez com as mesmas cores, mas para Lorenzo, a Gresini tem uma oportunidade: ‘Parece que a Gresini tem esta oportunidade e está à espera da decisão de Márquez’.

Recorde-se que após os testes de Misano, Márquez disse que a mota de 2024 não era suficiente para colocar o construtor de novo na luta pelo título.

Além disso, Márquez aparentemente estava interessado num contrato de um ano, o que deixa a porta aberta para fazer outra mudança em 2025, tudo isto se os rumores se confirmarem.

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Tony Arbolino chegou a contar com uma preciosa ajuda de alguém que sabe o que é ser campeão no MotoGP, Jorge Lorenzo, a quem deixou largos elogios sobre a forma como o ajudou a crescer, tanto a nível profissional como pessoal.

O piloto da Marc VDS falou assim sobre espanhol em entrevista ao Motosan, e revelou como este o ajudou: ‘O Jorge, como pessoa, ajudou-me. As pessoas podem falar e dizer o que quiserem. Mas, naquele momento, ele deu-me essa confiança. Fui para a Suíça, para casa da minha mãe, para treinar com ele e com o seu treinador. Ele deu-me a sua confiança, deu-me o seu tempo, deu-me o seu treinador. Isso vale muito para mim’.

Sobre o que mais aprendeu com o ex-piloto, entre a técnica ou mais relativo à personalidade, Arbolino esclareceu: ‘Mentalidade. Muito mais. Era ‘não há mais nada para além das motos’. Eu tinha essa mentalidade, mas não sabia como a pôr cá fora. É só isto e não há mais nada, só há o plano A. É só isto e melhorar e fazer as coisas bem. Esta foi a mentalidade que ‘apanhei’ e tentei sair dela’.

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O começo do «calvário» da Honda no MotoGP teve um início mais vincado aquando da lesão de Marc Márquez… mas não só, defende Jorge Lorenzo, que vê a não contratação de Dani Pedrosa como piloto de testes por parte da gigante japonesa como parte das razões que levaram ao seu declínio.

O ex-piloto que se despediu do MotoGP precisamente ao serviço então da Honda, no final de 2019, é da opinião de que nos últimos anos o rumo a seguir não tem sido o mais fácil alavancado também pela lesão de Márquez, além da ausência do Pequeno Samurai, como explicou à DAZN: ‘Nas mesmas circunstâncias que a Honda enfrentou nos últimos quatro ou cinco anos, incluindo a lesão de Márquez, tenho certeza de que eles iriam infinitamente melhor se tivessem Dani como piloto de testes’.

Para Lorenzo, Pedrosa foi um génio em cima da moto e conseguiu – apesar de nunca ter vencido um título mundial de MotoGP – fazer algo impressionante, deixando assim largos elogios ao prodigioso espanhol: ‘Os méritos que ele tem ao longo da sua carreira são enormes. Nunca vi um piloto tão pequeno conseguir tantas vitórias no MotoGP, nunca tinha acontecido, o que mostra a técnica que teve de desenvolver para o conseguir’.

Quem ficou a ganhar e foi perspicaz com a sua contratação foi a KTM, que tem vindo ao longo dos anos dando provas de crescimento, muito devido à sensibilidade e perícia de Pedrosa, acredita Lorenzo, que mais uma vez referiu a competência do #26: ‘A nível técnico e de sensações, Pedrosa é um piloto super sensível que ajuda muito a perceber quais os componentes que estão certos e quais os que estão errados. Ele provou-o na KTM e a Honda perdeu muito quando ele saiu’.

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