Aleix Espargaró teve uma corrida para esquecer no GP da Austrália de MotoGP. Terminou em oitavo a mais de nove segundos do vencedor, para seu grande desapontamento. No entanto, não atribui culpas à agenda alterada.

Devido às previsões de mau tempo no domingo, a corrida principal foi alterada para sábado, pelo que os pilotos não tiveram tantas chances de se prepararem para a mesma – não houve corrida sprint nem warm-up antes como em todos os GP.

Apesar das dificuldades a bordo da Aprilia, Espargaró assegurou que houve muito tempo de preparação, quando questionado sobre se a agenda diferente pesou: ‘Não, não, sem desculpas. Tivemos muito tempo na sexta-feira com condições muito boas, também no FP2. Nada teria mudado se tivéssemos corrido no domingo’.

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Antes de a corrida sprint ser cancelada, o warm-up do GP da Austrália de MotoGP realizou-se à chuva e Maverick Viñales foi o mais veloz. O piloto da Aprilia teve boas sensações com a sua moto – tanto que ficou com algo para compreender.

O espanhol explicou que teve um nível de tração com chuva que não teve quando esteve tempo seco em Phillip Island – algo que não aconteceu pela primeira vez em 2023:

– Estava a parecer bem, as outras Aprilia não tanto. Mas honestamente eu estava com uma sensação muito boa. É algo que temos de entender, porque com piso molhado encontrei a tração que não tenho com piso seco. Portanto precisamos de entender e precisamos de estudar, porque é importante. No Japão, embora tenha caído e trocado de moto eu era um dos mais velozes em pista sem a motivação de atacar. Precisamos de compreender, honestamente estou curioso para ir mesmo a fundo nos dados de chuva porque temos algo que nos falta com tempo seco. Honestamente, senti-me muito bem no warm-up.

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O vento forte que obrigou ao cancelamento da corrida sprint do GP da Austrália de MotoGP é um risco constante nesta altura do ano em Phillip Island – o que leva a sugerir uma antecipação para o período de verão local.

Maverick Viñales foi confrontado com essa solução. O espanhol da Aprilia considera que poderia ser uma ajuda, mas acredita que não é viável:

– Talvez, não sei. Mas há sempre condições complicadas nesta parte do ano, mas julgo que logisticamente é impossível para eles mudarem-se para a fase inicial do ano.

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A direção de corrida do GP da Austrália de MotoGP foi elogiada pela generalidade do paddock por ter cancelado a corrida sprint devido às fortes rajadas de vento. Maverick Viñales, piloto da Aprilia, foi mais cauteloso na sua análise, considerando que a segurança é prioritária… embora pedisse pelo menos uma volta de reconhecimento.

O espanhol considera que é difícil avaliar se a decisão foi certa: ‘É muito difícil dizer se foi ou não correta. Do meu ponto de vista, pelo menos fazer a volta de reconhecimento para ver como estava a pista e depois cancelar a corrida se fosse necessário. Tivemos alguma informação dos pilotos de Moto2, eles também disseram que era impossível, por isso não sei. Não está nas nossas mãos’.

Questionado se o cancelamento foi desapontante, Viñales respondeu: ‘Não sei se é desapontante ou não, porque no fim de contas penso que a segurança tem de ser a principal preocupação. Mas é sempre uma situação difícil para a direção de corrida. Imagino que depois de mostrar bandeira vermelha no Moto2 não fazia sentido deixar-nos ir com as mesmas condições, creio’.

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A chuva chegou a Phillip Island este domingo, tal como o vento forte, e foi nessas condições que Maverick Viñales liderou o warm-up do GP da Austrália de MotoGP. Miguel Oliveira terminou em 19.º.

Com a perspetiva de a corrida sprint se realizar em condições idênticas, os pilotos aproveitaram como puderam os dez minutos disponíveis, fazendo todos cinco ou seis voltas. Mas apenas Viñales (Aprilia) liderou a tabela de tempos, com uma sequência de cinco voltas lançadas em que melhorou sempre.

Jorge Martín (Prima Pramac/Ducati) realizou a segunda marca a 1,204s, ao passo que Marc Márquez (Repsol Honda) foi quarto e Jack Miller (Red Bull KTM) terminou em quinto. O vencedor da corrida principal, Johann Zarco (Prima Pramac/Ducati) assinou o 13.º tempo a 2,680s do topo. Quanto a Oliveira, o luso da CryptoDATA RNF MotoGP Team concluiu em 19.º, sendo 4,541s mais lento do que Viñales num warm-up pouco representativo da hierarquia competitiva real.

Tempos:

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Maverick Vinales mostrou bom andamento durante a sexta-feira e primeiro dia do GP da Austrália, mas não conseguiu refletir isso na tabela de tempos da Q2, qualificando apenas em 9º para a corrida longa, e eventual sprint.

Em debrief após a corrida longa, o piloto da Aprilia revelou que o seu ritmo foi o mesmo de ontem, mas os seus rivais conseguiram aumentar a fasquia, algo que o #12 não conseguiu acompanhar. Ainda assim, Vinales afirmou que sabia das dificuldades que iria passar, desde ontem:

– Eu fui o mesmo de ontem, honestamente rodei nos mesmos tempos por volta, não abrandei, simplesmente os adversários foram mais rápidos. Honestamente eu sabia desde sexta, assim que perdi 0.3s no setor 4, significa que não tens tração, por isso foi duro, uma corrida dura. Eu tentei controlar o derrapar do pneu, mas de qualquer forma o pneu caiu logo desde muito cedo. Foi difícil, mas neste momentos difíceis é onde precisas de te tornar mais forte e pensar em frente. Amanhã temos uma nova corrida e é uma oportunidade para perceber as coisas para o próximo ano. Por isso se conseguirmos ganhar algo amanhã no warm up e na corrida, vamos ter coisas positivas para o próximo ano. Honestamente não estou desapontado, porque desde sexta-feira que sabia que ia ser uma pista muito difícil para nós, mas claro que quero sempre mais, quero sempre vencer isso é claro. Os rapazes deram tudo, eu dei tudo, e hoje este foi o nosso nível.

“Top Gun Maverick” falou ainda sobre a escolha de pneus para o dia de amanhã, afirmando que espera ser mais competitivo, num circuito que muitos dizem ser a especialidade do piloto da Aprilia:

-Com o pneu macio vou ser mais competitivo porque tens mais aderência, por isso basicamente balanceia as coisas, vamos ver. É uma corrida curta, mas podemos fazer um bom resultado. Vamos ver se corremos, em primeiro lugar. (…) Eu sei, e nos pontos onde a moto está a funcionar bem, eu consigo fazer a diferença para os outros. No setor 3 fui rápido, o que significa que tenho algo de especial nesta pista, apenas não o consigo fazer com esta moto. É o que é. Eu não gosto, quero ser primeiro, mas nesta pista a moto não está no seu melhor e temos de entender e aceitar. Claro que eu quero mais. Quero mais claro, mas não posso pedir mais aos rapazes que dão 100% durante o fim-de-semana.

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Aleix Espargaró cortou a meta do GP da Austrália de MotoGP num modesto nono lugar a mais de nove segundos do vencedor. A corrida sprint poderá realizar-se amanhã caso o tempo o permita, e poderá dar outras chances ao piloto da Aprilia.

O espanhol disse que irá escolher dois pneus macios – se estiver pista seca – e com essa combinação de pneus poderá ser consideravelmente mais competitivo:

– A única coisa positiva na sprint é que irei com dois pneus macios, o dianteiro e o traseiro. E com dois pneus macios posso ser muito veloz. Mostrei ontem que fiz três voltas no 1m28s médio, esta manhã fiz 1m27s. Com o macio posso competir um pouco mais, posso arriscar um pouco mais. Mas nunca se sabe; parece que amanhã de qualquer forma além do vento irá chover desde as 07h00.

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Aleix Espargaró teve uma corrida para esquecer no GP da Austrália de MotoGP. Ao contrário do que tem sido habitual, a Aprilia foi pouco competitiva e o piloto ficou em oitavo a mais de nove segundos do topo.

Um rendimento inesperado por parte do espanhol, que teve dificuldades com a derrapagem do pneu e classificou o resultado como… embaraçoso:

– Foi embaraçoso. Não fomos competitivos, tivemos muita derrapagem. Nunca esperei chegar a dez segundos da vitória ou do pódio – nove segundos. O nível de derrapagem que tivemos este fim de semana foi de loucos. Tentei gerir o pneu. No início consegui ser mais veloz, sinceramente, mas sabia que não conseguiria chegar ao fim, por isso decidi começar poupança de pneu. Mas mesmo assim existiram duas ou três voltas que foram dramáticas.

Segundo Espargaró, existiram quatro pontos da pista em que perdeu mais tempo, mas admitiu que não era possível ser muito mais veloz em toda a corrida: ‘Foi nas curvas 11/12 e dois e seis. Estas quatro curvas… é de loucos, não entendo por que é que derrapamos assim. Não entendo esta falta de aderência com este pneu todo o fim de semana. Com o macio consegui ser veloz. Mas disse várias vezes que há diversos circuitos durante a época nos quais a velocidade pura numa única volta não é muito importante – tem mais a ver com poupança do pneu, gestão. E não existiu nada que pudesse fazer verdadeiramente. Penso que era impossível ser sequer meio segundo mais rápido com uma Aprilia no tempo total da corrida de hoje’.

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Numa altura em que os pilotos da Aprilia estão, alegadamente, a receber enorme assédio por parte da Repsol Honda para ocupar o lugar deixado por Marc Márquez, Maverick Vinales vai mostrando serviço, mostrando também estar satisfeito com a sua RS-GP.

Tem sido constante a felicidade no rosto do piloto espanhol ao longo da temporada e a sexta-feira em Phillip Island trouxe mais sorrisos, com o “Top Gun Maverick” a terminar o dia na 3ª posição. Em debrief o piloto espanhol afirmou que pouco ou nada alterou na sua Aprilia, revelando apenas que falta aderência da roda traseira na última curva:

– Não foi mau, estou feliz. Muito contente. O positivo é que conseguimos novamente encontrar boa velocidade e uma boa sensação com a moto, numa pista diferente novamente e isso é ótimo, é uma boa notícia. Não há muito mais a dizer sobre hoje honestamente. Tentei pilotar a moto, perceber os pneus, perceber o que vai acontecer na corrida, o ritmo e não trabalhámos muito na moto porque achamos que está a funcionar bastante bem. Apenas na saída da última curva estamos com má tração, mas é algo que temos de trabalhar um pouco com a eletrónica. (…) No setor 3 estou muito rápido. Para mim é apenas uma questão de tração, porque a moto está a pilotar-se muito bem, por isso é apenas uma questão de tração. Temos de entender isso e é tudo. Não significa que a moto está a funcionar mal por ter pouca tração na última curva. A moto está a trabalhar bem, está apenas a faltar isso, mas não sou apenas eu, são todas as Aprilia. É algo que temos de entender para amanhã.

Vinales mostrou-se ainda a favor da direção de corrida em alterar os horários, colocando a corrida longa no sábado e a Sprint no domingo, dizendo que após tantas rondas, todos os pilotos estão pronto, apontando Jorge Martín, Brad Binder e Jack Miller como os piloto as ter em conta amanhã:

– Estão todos prontos. Foi uma boa decisão. Estão todos prontos. Depois de correr 5 semanas seguidas todos estão prontos, não é como a segunda corrida… Todos estão prontos. Hoje, só três pilotos podiam fazer a diferença, mas vai ser duro. (…) Acho que o Martín está muito, muito rápido e também os dois pilotos da KTM. Também estão muito rápidos. Não apenas numa volta. Eu não sei, acho que com o macio consigo o melhor ritmo, no papel, mas precisamos de melhorar o último setor e com isso consigo estar no 1.29 baixo. Vamos ver se amanhã melhoramos e depois, nada mais. Foi um bom dia.

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Claro como a água. Miguel Oliveira confirmou que existe uma real hipótese de mudar de equipa na época que se avizinha. Honda ou a equipa oficial da Aprilia são possibilidades fortíssimas neste momento para o piloto português.

‘Em relação à possibilidade de ir para a Honda é real, é possível, mas para já não há nada em concreto, não posso avançar com mais informações. A minha situação é bastante clara, tenho contrato com a Aprilia para 2024, na equipa da RNF, é também verdade que se tiver uma proposta de uma equipa de fábrica podemos, naturalmente, falar com a Aprilia e perceber a minha direção de futuro com eles e eventualmente poder romper o contrato’, começou por dizer Oliveira em declarações à Sport TV.

Além da marca nipónica, o salto para a team oficial da Aprilia está em cima da mesa. O que significaria uma de duas possibilidades, ou a saída de Maverick Viñales ou de Aleix Espargaró.
— Para já, algum piloto teria de sair, há muitas coisas no ar, é verdade que a Honda está à procura de um piloto de topo, não se o vai encontrar na Factory Team ou noutra equipa’, declarou. As próximas semanas prometem ser intensas e irão revelar qual será o futuro do almadense na categoria rainha de motociclismo.

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