O calendário provisório dos Mundiais MotoGP para 2024 foi anunciado esta manhã, mas ainda poderá ter alterações: é que há três rondas sujeitas à assinatura do contrato, incluindo o GP de Portugal.

A prova do Autódromo Internacional do Algarve está marcada para 22 a 24 de março, sendo a segunda da época – primeira na Europa. No entanto, ainda surge como sujeita ao contrato.

O mesmo acontece com o GP da Índia, previsto para 20 a 22 de setembro. O Cazaquistão deverá fazer a sua estreia de 14 a 16 de junho, mas para isso não só precisa da assinatura do contrato, como também da homologação do circuito de Sokol. A situação é idêntica com a única prova de reserva – o GP da Hungria no Balaton Park Circuit.

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Este GP da Índia teve mais uma forte prestação da dupla da CryptoDATA RNF MotoGP Team que deixou Wilco Zeelenberg claramente entusiasmado. Raúl Fernández foi o destaque deste domingo, enquanto Miguel Oliveira somou alguns pontos também.

O Diretor de Equipa da CryptoDATA RNF MotoGP Team ficou ‘contente’ com o desempenho demonstrado, numa pista nova: ‘Acabámos de terminar a nossa primeira corrida aqui em solo indiano e, honestamente, ficámos bastante satisfeitos com o desenho da pista e com o desempenho de toda a grelha. Claro que não é um fim de semana fácil quando se chega a uma pista nova’.

Não esqueceu que as motos dos pilotos também tiveram alguns problemas, o que não se tinha visto antes, mas não deixou de elogiar o resultado global da equipa, onde Fernández foi o que mais se destacou: ‘Os rapazes e também as motos não estiveram tão bem como em Misano e Barcelona. Mas temos os dois rapazes nos pontos, um 10.º para o Raúl, o que é muito positivo. Da última vez, estávamos em sexto e oitavo e agora em 10.º e 12.º, o que significa bons pontos’.

Zeelenberg disse ainda que, apesar de positivo, não é um resultado para ficar muito entusiasmado e já está a pensar na próxima corrida, no Japão: ‘De qualquer forma, não é algo para festejar à grande, mas o facto de ambos os pilotos terem terminado uma corrida pesada como esta é muito importante. Por isso, guardamos esta experiência para o próximo ano. Vamos concentrar-nos agora em Motegi, onde vamos já estar a trabalhar daqui três dias. Trabalho feito aqui, para podermos avançar para a próxima ronda’.

O conteúdo ‘Estamos satisfeitos com o desempenho, mas não se trata de algo para festejar à grande’ – Wilco Zeelenberg aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Brad Binder voltou a ser um dos destaques do MotoGP este fim de semana, na Índia, com o piloto da KTM a terminar ambas as corridas na quarta posição, o que significa uma recuperação de oito posições em cada. Francesco Guidotti considerou que a equipa tem de estar feliz pelo resultado, sobretudo se se tiver em conta que não conseguiu retirar o melhor proveito das potencialidades da KTM em Buddh.

O Team Manager da fabricante austríaca recordou a prestação de Binder no domingo: ‘Mais uma corrida sólida para o Brad. Teve um bom arranque, mas foi atingido na primeira curva e perdeu algumas posições. O seu ritmo foi suficiente para lutar pelos cinco primeiros. Não conseguimos tirar o melhor partido do pacote técnico aqui, por isso, conseguir dois 4.ºs lugares significa que temos de estar contentes’.

Para o italiano é ainda assim desejável estar mais na frente, ainda que se tenham cumprido os objetivos: ‘Claro que devíamos estar mais na frente, mas o resultado de hoje foi bom. Estar no pódio, ou o mais próximo possível dele, é o nosso objetivo sazonal e, embora se possa sempre querer melhor de vez em quando, temos de estar satisfeitos com um 4.º lugar’.

O conteúdo Francesco Guidotti agradado com os quartos lugares de Brad Binder, lamentou: ‘Não conseguimos retirar o melhor partido da moto aqui’ aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Raúl Fernández parece estar nas últimas corridas a mostrar mais o potencial que o levou a ser catalogado como uma das maiores promessas do motociclismo em anos recentes. O piloto atribuiu esta «mudança» de paradigma a diversos fatores.

Após o GP na Índia, o número 25 da CryptoDATA RNF MotoGP Team explicou: ‘Basicamente na moto consigo pilotar como quero, consigo forçar o ritmo e nas curvas consigo entrar como gosto, como fiz toda a minha vida e com a moto foi isso. Na minha vida pessoal fiz algumas mudanças e parece que está a funcionar bem, sem com a família atrás de mim e a ajudar-me muito e penso que isso é a chave para esta melhoria, talvez tenha sido isso…’.

Para o piloto de 22 anos foi também fulcral a evolução do seu quadro clínico, depois de ser afetado durante muito tempo com dores num dos seus braços, aliado a uma maior crença no equipamento, garantiu: ‘Além do mais, durante a paragem de verão tive tempo para me preparar bem porque honestamente fiz a primeira parte da temporada com muitos problemas no braço. Parece não ser muito difícil mas na moto é muito difícil fazer essa gestão. Fiz um pouco de tudo mas é sobretudo conseguir pilotar como quero, não mudámos muito na moto. Talvez a compreende melhor e acredite mais nela’.

E concluiu: ‘Quando estás a ter um ano difícil é complicado mudares num estalar de dedos: precisas de tempo, de entender as coisas, de acreditar em ti novamente, na equipa, na moto…’.

O conteúdo Raúl Fernández mais feliz no MotoGP e com resultados a aparecer: ‘Consigo pilotar como quero, e agora acredito em mim, na moto,…’ aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Durante o GP da Índia, no circuito de Buddh, um dos momentos que manteve os espectadores bem atentos ao desenrolar da ação foi quando o fato de corrida de Jorge Martín se abriu inesperadamente durante a corrida. Este incidente fez lembrar uma situação semelhante que Fabio Quartararo enfrentou em Barcelona e que resultou numa penalização para ele, algo que Martín admitiu recear.

No calor do momento, o piloto da Pramac, Martin, recordou o incidente de Quartararo e fez tudo o que estava ao seu alcance para evitar um destino semelhante. ‘Foi um momento crítico. Talvez não tivesse apertado corretamente o fato. Com a temperatura que se fazia sentir, podia haver momentos críticos. Mas quando o vi a abrir, pensei onde o poderia fechar para evitar que se abrisse completamente. Pensei que, entre as curvas 11 e 12, poderia perder menos tempo do que a meio da reta. Demorei algum tempo, mas consegui fechá-lo e não houve consequências. Pensei que me poderia acontecer algo semelhante ao que aconteceu com Quartararo em Montmeló, mas consegui ultrapassar tudo o que aconteceu’ partilhou o piloto da Pramac à DAZN.

Curiosamente, após a corrida, Martín falou sobre a situação com o fato já com Quartararo e Marco Bezzecchi no pódio. ‘Abriu completamente’, disse ele, para surpresa de ambos, especialmente porque a Alpinestars tinha reforçado o fato com um fecho de velcro duplo depois do «caso Quartararo».

O conteúdo ‘Pensei que me poderia acontecer algo semelhante ao que aconteceu ao Quartararo em Montmeló’ – Jorge Martín aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Fabio Quartararo conseguiu ontem voltar aos pódios no MotoGP, com o terceiro lugar no GP da Índia, O piloto da Monster Energy Yamaha esteve em luta com Jorge Martín (Prima Pramac/Ducati) pela segunda posição até ao fim, e na última volta chegou a estar na frente do rival… embora não tenha conseguido sustê-lo.

O campeão de 2021 disse em conferência de imprensa que na luta da última volta pôde constatar o ponto fraco no desempenho da Yamaha: ‘Foi muito difícil, para ser honesto – especialmente a última volta. Durante a corrida tive sempre uma desvantagem de um segundo, um segundo e meio, dois segundos, para os pilotos à frente – o Pecco [Bagnaia] e o Jorge, porque o Marco [Bezzecchi] já estava muito longe. Mas na última volta consegui mesmo ver onde estava o nosso ponto fraco. Temos de trabalhar nessa parte e oxalá consigamos dar um passo no próximo ano, porque é uma coisa com a qual não conseguimos realmente lutar com eles – conseguimos manter o ritmo, mas não conseguimos lutar verdadeiramente’.

Sobre a luta com Martín na derradeira volta, Quartararo disse: ‘A tração que eu tinha à saída da curva cinco era muito má. Estava a derrapar bastante; estava a tentar controlar com o acelerador, mas infelizmente não tinha mais nada no pneu e com menos aderência e a potência não conseguia dar luta. Também ao ir para a curva dez não tinha confiança para me inclinar rápido. Mas posso estar contente porque o Marco esteve mesmo noutro nível, sabíamos antes do início. O Jorge ganhou a sprint e nós pelo menos estamos a ficar um pouco mais perto. Portanto, julgo que podemos estar muito contentes’.

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Marco Bezzecchi fez no GP da Índia uma das melhores corridas da sua carreira no MotoGP, ganhando com mais de nove segundos de vantagem para Jorge Martín (Prima Pramac/Ducati).

Apesar da prestação avassaladora, o homem da Mooney VR46 Racing Team garantiu que esteve longe de ter facilidades: ‘Não foi fácil, seguramente. Foi mesmo muito duro por causa do calor, por causa de tudo. Mas senti-me bem na moto e depois de sábado estava muito motivado para dar a volta porque creio que também no sábado poderia ter feito um pouco melhor. Não sei como, mas seguramente melhor do que quinto’.

Segundo Bezzecchi, já esperava ser ultrapassado no arranque, reagindo em conformidade antes de assumir a liderança: ‘Parti bem, sabia que o Jorge e o Pecco [Bagnaia] provavelmente me iriam ultrapassar porque têm algo a mais do que eu na partida. Portanto mantive-me calmo e tentei manter-me próximo deles. Depois, quando tive a oportunidade, passei para a frente. Fui um pouco agressivo, mas tive de o fazer. E depois só tentei fazer o meu ritmo, tentei atacar a gerir o pneu da melhor forma que podia. Senti-me fantástico na moto, portanto estou muito, muito contente’.

Questionado sobre o que tornou o Buddh International Circuit do seu agrado, o #72 afirmou: ‘É uma pista da qual honestamente gostei desde a primeira vez que pilotei nela. Para mim foi boa em todo o lado porque existiram algumas travagens fortes, mas também algumas partes rápidas, chicanes. E fisicamente senti-me melhor com a mão, pelo que as mudanças de direção já não foram um problema como em Misano. Portanto, o setor três foi mesmo fantástico de pilotar, mas também gostei muito das travagens fortes e tentei focar-me nessa parte, porque normalmente o Pecco e o Jorge – especialmente o Pecco – fazem mais a diferença nessa área. Portanto, desta vez comecei o fim de semana a pensar em melhorar nessa parte do estilo de pilotagem. Foi fantástico’.

O conteúdo ‘Depois de sábado, estava muito motivado para dar a volta’ – Marco Bezzecchi aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Pol Espargaró chegou ao fim da corrida do GP da Índia de MotoGP, mas numa ronda extenuante do ponto de vista físico teve de abrandar para o conseguir fazer. O piloto da GasGas Tech3 ficou em 13.º.

O espanhol descreveu um estado de muito cansaço físico após a corrida: ‘Sinto-me tão cansado. Acredito que como os meus colegas. Mas vindo de onde venho, destas lesões, não me senti muito bem. Atingi o meu ritmo cardíaco máximo de sempre; não o esperava fazer e foi 198. Fiquei chocado, fiquei surpreendido – não consigo alcançar isso a treinar com a bicicleta ou seja o que for. Portanto, acredito que foi do pouco oxigénio e esta pista torna tudo muito duro. E também o calor’.

Questionado sobre se o GP da Índia foi o maior desafio físico que teve desde que regressou das lesões, Espargaró retorquiu: ‘Todas as pistas tens um pouco disso, mas esta é realmente extrema. Senti-me fraco. Na corrida senti que perdi muito tempo por ter uma condição física fraca. Talvez noutros locais não, mas aqui precisei de quebrar muito o meu tempo por volta: eu estava no 1m46s alto/1m46,8s, enquanto creio que podia estar no 1m46,4s/1m46,5s – algo assim. Foi a primeira vez que senti mesmo que precisei de quebrar, caso contrário não acabaria a corrida. Mas faz parte da melhoria; preciso de continuar a trabalhar e seguramente nas próximas corridas ou na pré-época terei mais tempo para voltar ao meu estado normal’.

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A sete rondas do fim, a Ducati e a Prima Pramac deram mais um passo para os títulos mundiais de MotoGP de construtores e de equipas.

Depois do GP da Índia, a Ducati passou a ter 453 pontos no Mundial de construtores, mais 200 do que a KTM. Em terceiro está a Aprilia, a 225 pontos do topo perdendo novamente terreno. A Yamaha está agora isolada em quarto com mais dois pontos do que a Honda, e menos 328 do que a Aprilia.

Quanto ao campeonato de equipas, a Pramac já tem 436 pontos, ou seja, tem um avanço de 53 pontos perante a Mooney VR46 Racing Team. A melhor equipa de fábrica é a da Ducati, em terceiro a 109 pontos da dianteira. Seguem-se a Red Bull KTM e a Aprilia, com a Monster Energy Yamaha a ser a melhor japonesa em sexto a 116 pontos do top cinco. A CryptoDATA RNF MotoGP Team de Miguel Oliveira mantém-se em oitavo, posição que reforçou.

Mundiais de construtores e de equipas:

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O GP da Índia de MotoGP terminou com um abandono para Aleix Espargaró. Quando lutava pelo top cinco, já a menos de dez voltas do fim foi traído pela sua Aprilia, que sofreu problemas técnicos.

Visivelmente frustrado, o piloto admitiu que a RS-GP tem várias vezes problemas quando estão temperaturas elevadas: ‘Não sei. A moto parou, é uma pena. Sempre que está muito calor sofremos; não é a primeira vez, é algo que temos de melhorar. A moto estava a ferver, foi muito difícil de pilotar. A moto esteve competitiva, mas foi difícil devido ao calor’.

Apesar do desfecho, Espargaró ficou agradado com o seu desempenho, acreditando que poderia ter obtido o quarto lugar: ‘Estava bem. Penso que estava a pilotar muito, muito bem, muito veloz no 1m45s alto. Tinha mais pneu traseiro do que o [Brad] Binder e o Joan [Mir], por isso creio que o quarto lugar era bem possível de obter. Mas a moto parou’.

Questionado sobre se há algo que a Aprilia pode fazer para melhorar estes problemas, Espargaró retorquiu: ‘Esta é uma pergunta muito boa, mas não fomos capazes de melhorar. Foi sempre o mesmo nas últimas duas, três épocas – diria até quatro épocas. Foi sempre muito complicado para nós em condições quentes e com esta quantidade de carenagem, aerodinâmica, é ainda pior. Portanto, temos de melhorar porque não é só o piloto que sofre, mas também a moto sofre quando está este calor’.

O piloto de Granollers afirmou ainda: ‘Todas as épocas é o mesmo quando vamos para a Ásia. Oxalá eles consigam fazer alguma coisa, mas é difícil porque não há muito tempo’.

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