No GP da Índia de MotoGP em setembreo passado, Francesco Bagnaia errou e sofreu uma queda quando era segundo à frente de Jorge Martín (Prima Pramac/Ducati). Isso permitiu ao espanhol aproximar-se significativamente da liderança do campeonato ocupada pelo homem da Ducati. O seu chefe de mecânicos, Cristian Gabarrini, considera que foi um incidente importante.

O engenheiro afirmou ao jornal La Gazzetta dello Sport que se Bagnaia não tivesse caído na Índia, a situação atual seria bem mais encorajadora para o campeão em título, e não tanto para Martín: ‘A queda na Índia pesou bastante em nós, o Pecco tinha-o apanhado, ultrapassado e deixado ali, e o outro tinha explodido. Sem a queda estaríamos a falar de outra coisa, ainda existiria uma grande vantagem e o Martín teria a crista mais baixa. Esta é a realidade’.

Posto isto, Gabarrini esclareceu que gosta da forma de estar de Martín: ‘Eu gosto do Martín, da atitude que ele tem, sempre combativo, agressivo e positivo. Mas é natural que ele leve a água ao seu moinho e tente pressionar o Pecco’.

O conteúdo ‘Sem a queda de Francesco Bagnaia na Índia, Jorge Martín teria a crista mais baixa’ – Cristian Gabarrini aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Quando tudo fazia crer que Jorge Martín (Prima Pramac/Ducati) poderia ganhar o GP da Austrália de MotoGP, foi o seu colega Johann Zarco a obter o triunfo. Na luta também esteve Francesco Bagnaia, competindo com um pneu médio traseiro em vez do macio no qual o espanhol arriscou sem sucesso. Mesmo assim, fez o melhor resultado entre os que tiveram essa opção.

No entender do italiano, Martín foi o único piloto que apostou no pneu macio desde os treinos, mas realçou que o rendimento em corrida é diferente: ‘Creio que ele foi o único com a possibilidade de correr com o macio porque na sexta-feira fez várias voltas e ele foi muito veloz. Julgo que a quantidade máxima foram 19, com a paragem e o início. Durante toda a corrida é sempre uma história diferente, e quando vi que a distância que ele adotou no início não era suficientemente boa para se manter com alguma margem nas últimas voltas, eu estava a considerá-lo’.

Focado na gestão correta do pneu, Bagnaia acredita que adotou uma estratégia acertada, e atribuiu mérito à vitória de Zarco: ‘Num momento, durante a corrida, eu só tentei ser muito cuidadoso com o pneu traseiro porque eu sabia que era a escolha correta e sabia que assim que o Brad [Binder] e o Fabio [Di Giannantonio] começassem a lutar os iríamos apanhar mais facilmente, sem atacar. Portanto, creio que foi a escolha certa, a estratégia correta, e só falhei um pouco para estar próximo do Johann na última volta. Mas ele estava numa situação melhor com a tração, ele esteve a trabalhar muito bem com a aderência traseira, portanto merecia a vitória mais do que eu’.

O conteúdo ‘Jorge Martín foi o único com a possibilidade de correr com o pneu macio’ – Francesco Bagnaia aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Jorge Martín tem sido uma das figuras deste campeonato mundial e chegou mesmo, ainda que durante pouco tempo, a passar pela liderança. O piloto falou sobre a sua condição atual e como esta poderá ser uma das suas melhores épocas.

O piloto da Pramac, que voltou a estar debaixo dos holofotes durante a principal corrida do GP da Austrália falou à DAZN sobre as aprendizagens que teve: ‘Aqui aprendi que quando se está a lutar por um Campeonato do Mundo, que no final é a minha primeira vez no MotoGP, temos de andar com as armas que os nossos rivais têm, especialmente se formos mais fortes do que eles nesta pista, acima de tudo. E depois, na Indonésia, quando a pista está suja, não se deve sair. Ir para a linha preta, a linha preta sem sair é, penso eu, o que aprendi’.

Ainda que tenha sido privado de uma oportunidade de voltar às vitórias, devido ao cancelamento da corrida Sprint, Martín acrescentou que existem ainda muitas corridas pela frente: ‘Este ano vai ser ou não vai ser, vou tentar o meu melhor, mas no final do dia estas são lições para o futuro. Há um longo caminho a percorrer, mas vou tentar com tudo o que tenho. A Tailândia é muito boa para mim, e a Malásia, o Qatar e Valência, todos os quatro são muito bons, por isso espero conseguir’.

O conteúdo Martín não desiste do título: ‘Faltam quatro rondas, e todas elas são muito boas, por isso espero conseguir’ aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Depois de ter estado na liderança durante toda a corrida, ter perdido essa posição e até ter terminado fora dos três primeiros na corrida principal de ontem, Jorge Martín estava naturalmente frustrado e não o escondeu. O piloto recordou o seu erro na escolha dos pneus.

‘A verdade é que não foi um banho de água fria como na Indonésia, mas estou um pouco frustrado, porque fui o mais rápido durante todo o fim de semana e desperdiçar a corrida desta forma… no final conseguimos pontos, podia ter sido pior. Agora há algumas pistas muito boas para mim, espero não voltar a cometer o erro de pneus e estar muito concentrado porque é importante chegar com opções a Valência’, disse o piloto à DAZN.

Ainda assim, Martín acredita que no final não seria assim tão diferente, mas admitiu o erro: ‘Não teria mudado nada porque não teria essa margem e no final teria sido o mesmo. É óbvio que foi um erro claro. Talvez a estratégia não estivesse certa e o pneu não estivesse certo, porque talvez com o outro pneu, se tivesse puxado daquela forma, também teria passado. Por isso, como não sabemos, nunca ninguém saberá. Esperemos que no próximo ano, aqui na Austrália, tenhamos a varinha mágica’.

O conteúdo Jorge Martín não escondeu frustração: ‘Fui o mais rápido durante todo o fim de semana e desperdiçar a corrida desta forma… Foi um erro claro’ aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Depois do desaire sofrido ontem, Jorge Martín chegou a acreditar que hoje teria uma oportunidade de recuperar alguns pontos na corrida Sprint, mas esta acabou por ser cancelada, uma decisão que respeita, embora chegasse a acreditar que poderia ‘recuperar alguns pontos’.

Em Phillip Island o espanhol, que ontem perdeu dramaticamente a possibilidade de vencer a corrida principal já na última volta, admitiu que até acreditava que a corrida acontecesse mesmo: ‘Penso que tomaram a decisão correta de cancelar a corrida. Se as condições eram perigosas, eram perigosas para toda a gente. De manhã, o aquecimento correu bem e as condições eram boas, de facto, pensei que ia correr. Mas depois o tempo mudou e há que respeitar a decisão’.

Depois e já em palavras à DAZN, Martín acrescentou: ‘Estava incrivelmente ventoso, já vimos muitos acidentes em Moto2. No final, foi a decisão da Direção da Corrida e temos de a respeitar. De qualquer forma, estava bastante confortável na água e vi uma boa oportunidade para recuperar talvez alguns pontos. Portanto, nada, vamos pensar na próxima corrida’.

O conteúdo ‘Pensei que iria haver corrida; Vi hoje uma boa oportunidade de recuperar talvez alguns pontos’ – Jorge Martín aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Jorge Martín teve uma prestação dominadora na liderança durante grande parte do GP da Austrália de MotoGP. No entanto, na última volta não conseguiu resistir à aproximação dos adversários.

O espanhol da Prima Pramac estava em primeiro, mas no espaço de uma volta caiu para o quinto lugar final perdendo quatro posições – incluindo para o seu rival na luta pelo título, Francesco Bagnaia (Ducati).

No vídeo que se segue pode ver os momentos que levaram Martín a descer de primeiro a quinto.

O conteúdo Vídeo: «Balde de água fria» para Jorge Martín, da liderança ao quinto lugar na última volta aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Jorge Martin liderou da primeira à última volta, mas foi exatamente aí, na última volta que o 2º classificado do campeonato cedeu a liderança da prova ao seu companheiro de equipa Johann Zarco.

Sendo o único no grupo da frente com o pneu macio traseiro, ficou claro que Jorge Martin estava com dificuldade em gerir o composto escolhido para a roda de trás. Em debrief, Jorge Martin mostrou-se conformado com o resultado da corrida, assumindo que foi uma escolha 100% sua colocar um composto diferente dos restantes na traseira:

– Sim, tão perto. Claro que agora é muito fácil de perceber qual seria a melhor escolha, mas foi a minha opção a100% ir com o pneu macio (na traseira) eu tentei e não resultou, mas estou feliz com o meu desempenho. Penso que pilotei de forma muito suave, muito boa. Tentei ser bastante gentil com os pneus, mas no fim não resultou. É uma aprendizagem para o futuro. (…) Eu acho que a sete voltas do final foi o momento que vi que estava em apuros, porque que eles estavam a apanhar-me cerca de 4 décimas por volta, mas eu estava a puxar muito, mas não conseguia acelerar a direito. Eu conseguia travar e ter alguma velocidade em curva, mas não conseguia ter potência e aderência traseira. Eu simplesmente tentei terminar o melhor que pude e isso foi a 5ª posição.

O #89 afirmou ainda que perdeu a esperança de defender a liderança, logo na curva 2 na última volta, quando percebeu que os seus adversários estavam já extremamente perto, afirmando ainda que ficou feliz com a vitória de Zarco e que o campeonato continua aberto:

– Eles recuperaram 0.4s na penúltima volta, por isso eu tinha meio segundo, por isso achei que talvez fosse conseguir, mas assim que que saí da curva 2, eu vi que eles estavam muito perto. Eu tentei fechar na curva 4, mas o Zarco estava focado e pronto para a vitória, e quero dar-lhe os parabéns. E depois eu tenti não cair e acabar na 5ª posição foi o máximo que consegui. (…) Certamente ele mereceu a vitória e estou muito contente pela equipa e por ele. Agora acho que estamos muito próximos no campeonato de equipas, acho eu. Por isso é um ponto positivo, mas eu queria outro. Ainda depende de mim, por isso tenho de ser inteligente e não cometer estes erros.

O conteúdo ‘A sete voltas do final foi o momento que vi que estava em apuros’ – Jorge Martin aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Que emoção, que suspense até ao último segundo em Phillip Island com Johann Zarco a vencer, finalmente, no MotoGP! Desde 2017 na categoria, Zarco teve uma corrida em crescendo e no final não deu margem a ninguém para chegar à frente da corrida já na última volta onde venceu. Jorge Martín parecia estar num filme de terror depois de liderar até, literalmente, à última volta onde nem no pódio terminou!

Tudo a postos para o arranque da corrida principal do MotoGP, face às alterações ao calendário anunciadas durante a sexta feira. 18ºC em Phillip Island, mudanças de pneus à última hora, e muita emoção certamente na corrida.

Martín teve o melhor arranque a manteve-se na frente mas o destaque ia para o homem da casa, Jack Miller, que ganhou num ápice quatro posições! Na volta seguinte contudo o australiano começou a ceder posições e caiu para sexto, enquanto Fabio Di Giannantonio fazia o caminho descendente… ao subir para o quarto lugar, após bater Francesco Bagnaia.

Em apenas três voltas Martín ganhou mais de 1s para o segundo, Brad Binder, mas a dúvida que se colocava era: como iria aguentar o pneu macio traseiro da moto do #89?

Marc Márquez, entretanto, ultrapassava Miller e ascendia à sexta posição e não demorou muito a chegar ao top cinco ao bater Johann Zarco. O francês respondeu pouco depois e retomou o quinto lugar, o que funcionava a favor de Bagnaia.

A luta era tal que Márquez voltou a ultrapassar novamente mas Zarco devolvia a manobra. 0.487s separavam o #5 do #1. Martín liderava com 1.668s sobre Binder, que estava a ser ligeiramente mais veloz que o piloto da Prima Pramac Racing, para já.

Entretanto a Pramac enviada uma mensagem, literalmente, a Martín: «Respira», a fazer recordar o que aconteceu a semana passada onde o piloto caiu quando levava 3s de vantagem sobre o segundo. Contudo… Martín não abrandou e continuava apostado em manter um ritmo frenético e com nove voltas, tinha já 2.391s de vantagem sobre Binder.

Joan Mir, na curva 4, caiu após batalhar com Luca Marini na 10.ª volta. O espanhol contudo pegou na sua moto e voltou à corrida, mas… por pouco tempo. O piloto da Repsol Honda acabou por abandonar pouco depois.

Assim estava o top dez com 13 voltas concluídas:

O próximo a «provar o sabor» do asfalto foi Augusto Fernández que, com 12 voltas, dava por terminada a sua corrida depois de cair.

Martín continuava muito forte na liderança e com 3.461s de vantagem para Binder, com Di Giannantonio a 3.625s do #89. Bagnaia tinha por sua vez 1.032s de diferença para o quarto classificado e Zarco mantinha-se como quinto.

A qualquer momento era de esperar que DiGia conseguisse ultrapassar Binder, a 0.045s mas com a diferença a mudar constantemente. Ambos os pilotos tinham a mesma seleção de pneus. A nove voltas do final da corrida, a ultrapassagem estava confirmada e DiGia, ainda sem lugar na grelha para 2024, era segundo!

A corrida entrava numa fase decisiva e já dentro do último certo e Martín era figura de proa ao liderar com uma diferença de 3.125s sobre DiGia. Contudo e do nada, Martín viu o #49 a ganhar-lhe 0.4s e tudo podia ainda acontecer.

Quem via a vida complicar-se era Bagnaia que era ultrapassado por Zarco e assim caía para o quinto lugar.

Assim estava o top dez: Martín, DiGia, Binder, Zarco, Bagnaia, Álex Márquez, Aleix Espargaró, Jack Miller, Marco Bezzecchi e Marc Márquez.

Binder ainda tinha algo na manga e passou para a vice-liderança. 0.8s separavam o quinto do segundo.

A três voltas do final Martín estava a perder tempo consideravelmente e «apenas» 1.649s separavam Binder da liderança, numa altura em que Zarco ascendia à terceira posição!

A duas voltas do final Zarco via a luz ao fundo do túnel e ascendia ao segundo lugar e tinha Martín a 0.955s. Bagnaia por sua vez estava também a dar o máximo e era terceiro.

Na última volta Martín tinha… 0.4s para Zarco e o francês, com o ritmo que tinha… passou para a frente! E não só! Bagnaia também passou o espanhol e estava em terceiro, brevemente.

Martín voltou a perder posições e numa volta foi de primeiro para quinto, com Brad Binder também a ultrapassá-lo!

E vitória! Finalmente Johann Zarco conseguia vencer no MotoGP sete depois de subir à categoria! Di Giannantonio terminou no pódio

O conteúdo Sete anos depois aí está ela: Johann Zarco estreia-se a vencer no MotoGP! Martín foi do céu ao inferno na última volta dramática em Phillip Island e Di Giannantonio no pódio aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Mais uma corrida e mais uma pole position para Jorge Martín. O piloto da Prima Pramac Racing continua em grande nível e hoje em Phillip Island garantiu o primeiro lugar na grelha de partida e logo com volta record.

‘Foi certamente uma boa volta e espero que consigamos fazer a diferença hoje na corrida. Vai ser uma longa corrida e não temos muita informação e vai ser difícil entender tanto o pneu dianteiro como o traseiro mas iremos experimentar’, fez saber Martín em parque fechado.

Fique com o momento em que Martín conseguiu bater o record da pista:

O conteúdo ‘Foi uma boa volta e espero que consigamos fazer a diferença hoje na corrida’ – Jorge Martín aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Jorge Martín está imparável! O espanhol mostrou que a queda sofrida a semana passada não abalou a sua confiança e hoje em Phillip Island confirmou mais uma pole position e logo com volta recordista.

Martín começou a Q2 com uma «mensagem» para os demais: o espanhol fez, na sua segunda volta e a primeira em modo de ataque o melhor tempo até ao momento no fim de semana. O espanhol entrou no segundo 27 com um tempo de 1:27.869s.

E… Martín não ficou por aqui e voltou a melhorar a sua marca ao retirar 0.023s ao seu tempo para assim se «afastar» de Brad Binder, segundo, que estava a 0.236s. Francesco Bagnaia era terceiro a 0.425s.

A oito minutos do final os pilotos seguiram para a garagem das respetivas equipas e estavam prontos para os ataques finais. O relógio marcava pouco mais do que quatro minutos quando a maior parte dos pilotos voltaram à pista.

Bagnaia tentava «fintar» Marc Márquez mas este seguia atrás do italiano e todas as táticas serviam para tentar o melhor lugar na grelha de partida.

E nisto, com as primeiras voltas ao ataque após o regresso Martín, quem mais, voltava a fazer história e melhorava o seu próprio registo: 1:27.246s. O #89 era o mais rápido de sempre (até ao momento) na Austrália!

Binder, muito veloz era segundo a… 0.416s. Bagnaia era terceiro e Aleix Espargaró quarto, com Johann Zarco em quinto e Fabio Di Giannantonio em sexto.

O conteúdo Jorge ‘Recordista’ Martín faz pole position em Phillip Island e continua a fazer história com volta record aparece primeiro em Motorcycle Sports.